Dia Mundial da Educação: especialista comenta a importância do intercâmbio na formação de estudantes
Dia Mundial da Educação: especialista comenta a importância do intercâmbio na formação de estudantes
Existem programas de intercâmbio durante os anos de ensino médio e de graduação. Alguns desses programas são realizados por secretarias de educação dos estados do Brasil.
Em 28/04/2025 10h48
, atualizado em 28/04/2025 11h08
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O Dia Mundial da Educação foi instituído em 28 de abril de 2000. Durante o Fórum Mundial de Educação, que aconteceu em Dakar no Senegal, 164 países – incluindo o Brasil – decidiram simbolizar o dia e se uniram por um movimento pela educação mundial.
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A internacionalização e trocas na educação podem ser facilmente exploradas por meio do intercâmbio. Segundo Valéria Silva Moreira, Coordenadora de Orientação Educacional do Poliedro Colégio, essa experiência é muito rica, independente do nível de escolarização em que o estudante vivencia o intercâmbio.
Valéria acredita que a troca que existente em ambientes de intercâmbio é maior que saberes e conhecimentos. Essa experiência proporcional aos alunos uma imersão cultural e da língua local, bem como uma troca com outros estudantes que também vieram de outros países, logo, outras culturas.
O intercâmbio é uma vivência que pode acontecer tanto durante os anos de escola quanto durante a graduação ou pós-graduação, em cada momento é o intercâmbio pode oferecer diferentes experiências para o aluno.
Apesar de ambas situações proporcionarem uma troca cultural, existem diferenças no intercâmbio durante o ensino médio e a graduação.
Geralmente, durante o ensino médio, o aluno busca o aprimoramento do idioma, bem como existe uma maior flexibilidade nas escolhas de imersão cultural. Valéria explica que, nesse momento, os alunos têm a possibilidade de desenvolvimento socioemocional.
Já na graduação, o objetivo do intercâmbio está voltado para o desenvolvimento profissional. É um momento de conhecer possibilidades de carreiras, bem como realizar networking. Segundo Valéria, ambas experiências são ricas para a vivência dos estudantes.
O que se estuda é limitado ao conteúdo do Ensino Médio que tem, sim, suas particularidades em relação ao que temos em nosso país, mas não vai muito além de conteúdos regulares. Na Faculdade há uma oferta bem maior de possibilidades de disciplinas, com o diferencial da experiência de verificar como determinada carreira se desenvolve naquele país, o que traz um backgraund curricular bastante interessante.
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A vivência do internacional no currículo
Valéria Silva Moreira conta que o intercâmbio durante o ensino médio é incentivado pelos pais dos estudantes, já durante a graduação é voltado à formação profissional, de forma que torna o currícula daquela pessoa mais atrativo para o mercado de trabalho.
Leticia Thomas Alves Tiba foi aprovada em duas universidades no exterior: Michigan University e University of Nevada, no curso de Neurociência. Ela acredita que oportunidades de estudar fora a expõe a novas possibilidades acadêmicas, especialmente na área da pesquisa.
Para além da vida acadêmica e profissional, Leticia vê a oportunidade como uma forma de abranger seus horizontes e valorizar a vivência com pessoas diferentes. Para ela, é como estourar a bolha em que vive e perder a vergonha de errar ao se expressar em outra língua.
Viver fora me fez descobrir um sentimento novo: o de ser uma cidadã global. É como se, aos poucos, o mundo fosse se abrindo e eu fosse me tornando parte dele de verdade.
Leticia Thomas Alves Tiba
O enriquecimento curricular que experiências como essas proporciona pode ser um diferencial na trajetória profissional. Leticia destaca que viver em outra cultura proporciona a adaptação a situações inesperadas, além de desenvolver a visão de mundo e o tato social.
Valéria Silva Moreira e Leticia Thomas Alves Tiba, respectivamente.
Crédito das imagens: Acervo pessoal.
Programas de intercâmbio
O intercâmbio pode ser feito tanto durante os anos de ensino médio, quanto durante a graduação. Selecionamos opções de intercâmbio em cada nível de educação:
Prontos pro Mundo
O programa Prontos pro Mundo é uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), esse programa favorece estudantes da rede estadual de escolas públicas e também professores. O principal objetivo é influenciar o desempenho escolar dos alunos, além de evitar a evasão escolar.
O programa favorece estudantes a partir do 9º ano do ensino fundamental e funciona em duas etapas. A primeira é o curso de inglês no contraturno escolar. A segunda o intercâmbio. A seleção é feita por meio de um edital específico, com pré-requisitos de participação, classificação e seleção.
Para seleção da primeira fase alguns dos pré-requisitos são:
Participação e notas do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo);
Frequência escolar (mínimo de 85%);
Idade mínima;
Autorização dos pais e responsáveis.
Para seleção da segunda fase alguns dos pré-requisitos são:
Desempenho escolar;
Aprendizado em inglês;
Frequência escolar.
Programa de Intercâmbio Estudantil
Estudantes dos Centro Estaduais de Idiomas (CEIs) da Secretaria da Educação do Estado do Espírito Santo (Sedu-ES) podem estudar fora do país a partir do Programa de Intercâmbio Estudantil. O programa leva estudantes para países como Chile, Canadá e Estados Unidos com todas despesas pagas.
O objetivo do Programa de Intercâmbio Estudantil é abrir portas para o intercâmbio cultural e educacional que, para além de agregar o currículo do estudante, acrescenta na formação pessoal dos participantes.
O intercâmbio dura em média três meses e podem participar estudantes do nível básico nos cursos de inglês e espanhol. A seleção é feita utilizando:
Desempenho acadêmico;
Frequência escolar;
Uma avaliação oral para verificar a fluência dos candidatos em inglês e espanhol.
Ganhando o Mundo
Desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR), o Ganhando o Mundo oferece para estudantes da rede pública estadual de ensino a oportunidade de realizar intercâmbio para estudar em instituições internacionais.
O programa pretende aprimorar o repertório cultural e acadêmico dos estudantes, aperfeiçoar a fluência no idioma inglês, bem como permitir a vivência e experiência da realidade de outros países.
Por meio do programa Ganhando o Mundo é possível que estudantes brasileiros estudem em escolas da Austrália, Canadá, Irlanda, Reino Unido e Nova Zelândia.
Intercâmbio Mercosul
Universidades dos países-membros do Mercosul têm a possibilidade de convênios que possibilitam o intercâmbio de experiências e vivências. Já am o convênio universidades o Uruguai, Paraguai, Brasil e Argentina.
MARCA
O Programa de Mobilidade Acadêmica Regional (MARCA) também é destinado a instituições de ensino superior do Mercosul, é realizado por meio de projetos de associação acadêmicas. Participam do programa universidades da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai.