Enquanto usuários da língua, dispomos de uma competência que nos torna aptos a exercê-la em distintas situações comunicativas. Em uma delas, de forma específica, usufruímos de tais competências de forma ainda mais preponderante: naquela situação em que prevalece o padrão formal da linguagem, ou seja, na escrita propriamente dita. Dessa forma, ativando algumas habilidades, conscientizamo-nos de que o advérbio - esse elemento que norteia o assunto em pauta – é utilizado para indicar a circunstância em que se encontra o verbo, estando esse (o verbo) imerso em um dado contexto oracional.
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Nesse sentido, cabe ressaltar que distintas são essas circunstâncias, ou seja, de modo, intensidade, lugar, negação, afirmação, instrumento, dúvida, entre tantas outras. Assim, aprofundando ainda mais nosso estudo, veremos a partir de agora que, de acordo com um determinado contexto, um mesmo advérbio pode expressar circunstâncias distintas – o que determina os aspectos peculiares de que falamos. Vejamos, portanto, acerca desses traços:
* Alguns advérbios, a depender do emprego a que lhes são atribuídos, expressam circunstâncias diferentes. Vejamos alguns exemplos:
O professor, pelo que nos relatou ontem, certamente virá.
Infere-se, portanto, que a circunstância em questão é de dúvida.
Pelo que nos relatou ontem, o professor virá certamente.
Detecta-se, pois, que a circunstância, a ideia agora se refere a uma afirmação.
Aquele político discursa bem.
Afirmamos estar diante de uma circunstância de modo.
Como a garota se alimenta bem!
A circunstância, desta vez, agora é expressa pela ideia de intensidade.
* Nos casos em que, por motivos estilísticos, na oração aparecem dois advérbios juntos, somente o último deles deve se constituir do sufixo “-mente”, característica dos advérbios de modo. Atemo-nos ao exemplo em questão:
Humilde e generosamente a população contribui com a doação de alimentos aos desabrigados.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras