O que foi a Coluna Prestes?

Coluna Prestes foi uma marcha tenentista liderada por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa para derrubar a República Oligárquica e reformar a política e sociedade brasileiras.

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A Coluna Prestes foi um movimento tenentista liderado por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, que, entre os anos de 1925 e 1927, marcharam com cerca de 1500 combatentes por 25.000 km Brasil adentro. O objetivo era adquirir apoio popular para pressionar o presidente Arthur Bernardes a renunciar ao cargo e, com isso, realizar uma reforma sociopolítica no país.

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O percurso, em que diversas vezes os tenentistas combateram soldados legalistas e coronéis aliados aos oligarcas, foi percorrido por 15 estados nacionais, dissolvendo-se por fim na Bolívia, em 1927. Apesar de não conquistar seus objetivos de imediato, a Coluna Prestes auxiliou na queda da Primeira República e possibilitou a ascensão de Getúlio Vargas na Revolução de 1930.

Leia também: O que foi o voto de cabresto?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Coluna Prestes

  • A Coluna Prestes foi uma marcha que teve início em 1925, liderada pelos tenentistas Luís Carlos Prestes e Miguel Costa.
  • A longuíssima marcha percorreu 25.000 km adentro do Brasil, angariando adeptos para pressionar o presidente Arthur Bernardes a renunciar ao cargo.
  • Desde o final do século XIX no Brasil, a presidência era exercida por oligarcas paulistas e mineiros, que se revezavam no cargo da presidência.
  • Devido à insatisfação com a corrupção desses presidentes, durante a década de 1920, houve os movimentos tenentistas, formados por jovens oficiais que reivindicavam reformas sociais e políticas.
  • Apesar de enfrentarem diversas tropas legalistas, jagunços e doenças, a Coluna Prestes recuou com relativo sucesso até a Bolívia, onde foi dissolvida em 1927.
  • A coluna contribuiu com o fim da Primeira República e a eclosão da Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas na presidência.

Contexto histórico da Coluna Prestes

Desde que o Brasil ou da monarquia para o período da Primeira República, proclamada no ano de 1889, o cenário político do país teve profundas transformações: o Poder Moderador foi abolido, e, em seu lugar, após uma breve República da Espada, as oligarquias do café aram a exercer, sobretudo, o Poder Executivo.

Por isso, o início do século XX, no Brasil, foi marcado pela política de café com leite, na qual os governadores dos estados de São Paulo e Minas Gerais se revezavam na candidatura à presidência, uma prática que só chegaria ao fim, no ano de 1930, por meio de um golpe de Estado liderado por Getúlio Vargas.

No entanto, a chamada Revolução de 1930 só ocorreu em decorrência da crise da Primeira República. A década de 1920 foi particularmente turbulenta para os oligarcas, que testemunharam diversas revoltas oriundas de várias classes e ofícios da sociedade brasileira. Em 1922, a Primeira República enfrentou diversos movimentos de crítica, a exemplo da Semana de Arte Moderna em São Paulo, da fundação do Partido Comunista do Brasil e, sobretudo, dos primeiros levantes tenentistas.

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O tenentismo surgiu como um movimento de contestação à Primeira República. Ele era formado principalmente por jovens oficiais, em especial os tenentes e capitães, que reivindicavam diversas reformas políticas, econômicas e sociais no país, entre as quais: o combate à corrupção das oligarquias, a modernização da economia (que era então centrada na exportação do café), a abolição do voto de cabresto (diretamente associado ao coronelismo e ao clientelismo), entre outras reformas que deveriam ter sido realizadas desde a promulgação da Constituição de 1891.

Entretanto, houve vários movimentos tenentistas no decorrer da década de 1920, que apesar de concordarem com a maioria das reformas necessárias, tinham, cada um, perfil e ideologia próprios. O primeiro deles ficou conhecido como a Revolta dos 18 do Forte, iniciada no forte militar de Copacabana, Rio de Janeiro, em 1922 (dos 18 revoltosos, apenas dois sobreviveram); em 1924, os tenentistas procuraram organizar, quase simultaneamente, os levantes que ficaram conhecidos como a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus.

Marcha dos combatentes da Revolta dos 18 em Copacabana, movimento que precedeu a Coluna Prestes.
Os combatentes da Revolta dos 18 do Forte representaram o primeiro movimento tenentista do Brasil.

Devido ao fracasso desses movimentos, os veteranos revoltosos se reuniram aos tenentistas gaúchos chefiados por Luís Carlos Prestes e Aníbal Benévolo no que viria a se tornar a Coluna Prestes — o único movimento a adquirir relativo sucesso contra a Primeira República. Entretanto, o objetivo da Coluna Prestes não era realizar um golpe de Estado, mas angariar adeptos para pressionar pela renúncia do presidente Arthur Bernardes.

Veja também: O que é e como funciona uma oligarquia?

Como surgiu a Coluna Prestes?

A Coluna Prestes surgiu do movimento tenentista, que procurava combater o governo das oligarquias por todo o país. A coluna se originou no Rio Grande do Sul, que, no ano de 1924, era liderada pelo tenente Aníbal Benévolo e pelo capitão Luís Carlos Prestes. Apesar do insucesso direto das conspirações tenentistas até então (os revoltosos paulistas haviam sido reprimidos pelos legalistas há poucos dias), os tenentistas gaúchos contaram com a participação de outros revoltosos veteranos do movimento, como Antônio de Siqueira Campos (da Revolta dos 18 do Forte) e Juarez Távora (da Revolta Paulista). A eles também se juntaram os civis maragatos, antigos inimigos federalistas da Primeira República.

Apesar disso, o movimento continuava desorganizado: a comunicação com os veteranos da Revolta Paulista, liderada pelo major de cavalaria Miguel Costa, era ineficiente, e a distância entre São Paulo e Rio Grande do Sul dificultava a união dos revoltosos. A solução para os líderes Prestes e Costa foi a definição de um novo ponto de encontro entre os dois estados, e a escolha foi a cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná.

Lá, formou-se oficialmente a 1ª Divisão Revolucionária, composta por cerca de 1500 homens e mulheres (as quais participaram muitas vezes a contragosto dos oficiais e sob reprimendas sexistas dos companheiros). Em 29 de abril de 1925, a marcha, dividida em quatro pelotões, partiu de Foz do Iguaçu. O destino: o máximo de estados brasileiros que fosse possível, iniciando-se pelo Mato Grosso.

Quem foram os líderes da Coluna Prestes?

Os principais líderes da Coluna Prestes foram Luís Carlos Prestes e Miguel Costa.

→ Luís Carlos Prestes (1898-1990)

Nascido em Porto Alegre-RS, liderou a insurreição tenentista da Coluna Prestes até a sua dissolução, em 1927. Exilou-se na Bolívia, na Argentina e no Uruguai, lugares dos quais organizou missões de revolta contra o governo de Getúlio Vargas. Após aderir ao marxismo, mudou-se para a União Soviética em 1931, onde conheceu a alemã comunista Olga Benário, com quem se casaria. Por determinação da Internacional Comunista, retornou ao Brasil com Olga em 1934, tornando-se líder da Aliança Nacional Libertadora.

Luís Carlos Prestes, líder da Coluna Prestes, em fotografia de 1935.
Luís Carlos Prestes, líder da Coluna Prestes, em fotografia de 1935.

Após uma tentativa de revolta malsucedida contra Vargas, Prestes e Olga foram presos. Ela foi deportada para a Alemanha, onde morreu em um campo de concentração nazista. Prestes, mesmo preso, seria indicado como secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1943, do qual se desvincularia apenas em 1979 por questões de divergência ideológica.

Libertado em 1945, ele voltou à clandestinidade quando da eleição de Vargas em 1950, e, em 1964, ou a ser perseguido pelos militares do Golpe de 1964. Prestes exilou-se novamente na União Soviética e só voltaria para o Brasil em 1979, quando anistiado.

→ Miguel Costa (1885-1959)

O argentino Miguel Costa, nascido em Buenos Aires, naturalizou-se brasileiro e iniciou sua carreira militar em São Paulo, onde angariou prestígio como oficial da cavalaria. Na qualidade de major, foi um dos líderes da Revolução Paulista de 1924 contra o governo oligárquico, que conseguiu obter o controle da capital paulista por menos de um mês até a retomada das forças legalistas. A fim de se reunir com Luís Carlos Prestes, liderou os veteranos da revolução malsucedida a partir da marcha em Foz do Iguaçu, em abril de 1925.

Durante a longa marcha tenentista pelo Brasil, exerceu a função de comandante-geral, retirando-se inicialmente com Prestes para a Bolívia e, posteriormente, para a Argentina. Nas vésperas da Revolução de 1930, organizou com outros tenentes a tomada de Getúlio Vargas ao poder, reunindo-se pessoalmente a ele no Rio Grande do Sul, de onde partiu a marcha para a tomada do poder no Rio de Janeiro.

Após a conclusão da Revolução de 1930, foi nomeado Secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, e, para fazer oposição à Ação Integralista Brasileira (AIB), de ideologia fascista, aderiu à Aliança Nacional Libertadora, liderada por Prestes. Com a entrada da ANL na ilegalidade em 1935, Costa foi aprisionado por um curto período; doravante, optou pela vida de civil e distante de qualquer atividade política.

Na foto, Miguel Costa (4) aparece ao lado de Luís Carlos Prestes (3) e de outros membros da Coluna Prestes.
Na foto, Miguel Costa (4) aparece ao lado de Luís Carlos Prestes (3) e de outros membros da Coluna Prestes.

Entre os membros da Coluna Prestes percebidos na foto acima, encontram-se Djalma Dutra (1), Antônio Siqueira Campos (2), Luís Carlos Prestes (3) Miguel Costa (4) e Juarez Távora (5).

O que a Coluna Prestes defendia?

A Coluna Prestes defendia, sobretudo, o fim da República Oligarquista. Em seus pormenores, isso significava:

  • a retirada de Arthur Bernardes da presidência;
  • a extinção da corrupção comum na Primeira República;
  • o fim das práticas de clientelismo e coronelismo;
  • a dissolução das elites cafeeiras seguida da reforma agrária;
  • o voto secreto;
  • o combate à miséria;
  • o o ao ensino primário obrigatório, entre outros. 

Atuação da Coluna Prestes

 

A marcha mais longa do mundo: o jornal de 1927 compara a Coluna Prestes ao itinerário do general cartaginense Aníbal.
A marcha mais longa do mundo: o jornal de 1927 compara a Coluna Prestes ao itinerário do general cartaginense Aníbal.

Desde o período de movimentação em direção ao Paraná, a Coluna Prestes se deslocou por cerca de 25.000 quilômetros Brasil adentro, percorrendo 15 estados do atual Brasil e adquirindo adeptos da revolta popular que deveria pressionar Arthur Bernardes a renunciar à presidência. No entanto, a marcha tenentista não foi pacífica: desde o início do movimento da coluna no Rio Grande do Sul, os combatentes liderados por Prestes entraram em conflito com os soldados do governo, optando por se afastar do território brasileiro até as proximidades do Paraguai.

A fim de compensar a inferioridade numérica, os tenentistas optavam por táticas semelhantes às de guerrilha, emboscando e se locomovendo com agilidade para surpreender os legalistas. Mesmo assim, até o término da coluna, centenas de combatentes de ambos os lados pereceram em campo de batalha. Outra porcentagem das perdas, do lado dos combatentes de Prestes, provinha de doenças como malária e desinteria ou mesmo de ferimentos de batalha.

→ Percurso da Coluna Prestes

Em ordem de itinerário, desde a sua movimentação inicial, a coluna percorreu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso (na época, composto também pelo atual território do Mato Grosso do Sul), Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais; muitos desse lugares mais de uma vez. A exaustiva marcha é considerada a mais longa já registrada pela história.

Mapa do Brasil com estados percorridos pela marcha da Coluna Prestes
A Coluna Prestes percorreu 15 estados brasileiros. (Créditos: Gabriel Franco | Brasil Escola)

A Coluna Prestes era comunista?

Apesar de Luís Carlos Prestes ter se tornado um dos maiores militantes comunistas do Brasil, a Coluna Prestes não era comunista. O líder da coluna só teria seus primeiros contatos com leituras marxistas a partir de seu exílio na Bolívia, em 1927. No decorrer da coluna, no entanto, muitas das reivindicações de Prestes eram análogas às da ideologia comunista, como o fim da miséria e a reforma agrária — algo que indica que, apesar de reivindicar por objetivos sólidos, o tenentismo era marcado por uma perceptível pobreza ideológica.

Fim da Coluna Prestes

As primeiras tensões realmente preocupantes para os tenentistas revoltosos ocorreram entre os estados de Minas Gerais e Bahia. Na primeira metade do ano de 1926, os grandes latifundiários aliados aos oligarcas, popularmente conhecidos como coronéis, criaram “batalhões patrióticos”, que consistiam em grupos armados compostos por centenas de jagunços (capangas desses latifundiários).

Sob o apoio das polícias e dos exércitos da região, o contingente antitenentista chegou a ser composto por cerca de 20 mil combatentes, muitos dos quais foram orientados a usar as mesmas táticas dos revoltosos: movimentações dinâmicas e de rápido engajamento (ou guerra de movimento). Pouco após a entrada da coluna em Minas Gerais, os jagunços começaram a cercar os combatentes de Prestes.

A estratégia ideal foi recuar para a Bahia. Dali, realizaram um contorno semelhante ao caminho de ida, ando novamente por diversos estados ao Nordeste e Norte, até adentrarem mais uma vez no Centro-Oeste, por meio de Goiás. Após a travessia pelo Mato Grosso (e cerca de 25 mil quilômetros percorridos), a coluna se dissolveu na Bolívia, onde muitos de seus membros se mantiveram ou partiram para outros países. Com os preparativos para a chegada de Vargas ao poder em 1930, diversos dos membros veteranos retornaram ao Brasil para apoiá-lo.

Consequências da Coluna Prestes

A Coluna Prestes resultou em consequências quase imediatas. A primeira delas foi a crise irreversível da Primeira República, figurada primeiramente na deposição de Arthur Bernardes e, poucos anos depois, na ascensão da Aliança Liberal (entre os estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul), que organizou a campanha de Getúlio Vargas em posse do poder federal em 3 de novembro de 1930.

No entanto, a coluna também trouxe consequências de médio a longo prazo. Certas reivindicações defendidas por seus tenentistas seriam aplicadas nos primeiros anos de governo Vargas, como o outorgamento do voto secreto e o ensino primário obrigatório e gratuito. Além disso, o movimento tenentista permitiu a ascensão de Luís Carlos Prestes como enfático opositor de Vargas e, futuramente, da Ditadura Militar.

Saiba mais: Era Vargas — da ascensão ao último período de governo de Getúlio Vargas

Exercícios resolvidos sobre Coluna Prestes

1. (Enem/MEC, adapt.) De acordo com Luís Carlos Prestes, líder da Coluna Prestes, “o tenentismo veio preencher um espaço: o vazio deixado pela falta de lideranças civis aptas a conduzirem o processo revolucionário brasileiro que começava a sacudir as já caducas instituições políticas da República Velha. Os ‘tenentes’ substituíram os inexistentes partidos políticos de oposição aos governos de Epitácio Pessoa e de Arthur Bernardes.”

PRESTES, A. L. Uma epopeia brasileira: a Coluna Prestes. São Paulo: Moderna, 1995 (adaptado).

Um dos objetivos do movimento político abordado no texto era

a) unificar as Forças Armadas pelo comando do Exército nacional.

b) combater a corrupção eleitoral perpetrada pelas oligarquias regionais.

c) restaurar a segurança das fronteiras negligenciadas pelo governo central.

d) organizar as frentes camponesas envolvidas na luta pela reforma agrária.

e) pacificar os movimentos operários radicalizados pelo anarco-sindicalismo.

Resposta: B. A Coluna Prestes, assim como os demais movimentos tenentistas, tinha como objetivo principal o término das oligarquias na política, que conduziam métodos corruptos de eleição à presidência por meio da política do café com leite.

2. (FCC) O surgimento da Coluna Prestes se deu no contexto:

a) da expansão do movimento tenentista, principalmente nos estados do Sul e do atual Sudeste, e das reivindicações por uma ampla reforma política que assegurasse, entre várias demandas sociais e políticas, o voto secreto, o o ao ensino primário e o fim do poder das oligarquias. 

b) da insatisfação de parte dos militares com a chamada República Velha, em virtude do poder abusivo exercido por determinadas oligarquias regionais, exigindo, como solução, um golpe militar e uma restruturação do sistema de governo de partido único, por meio da qual as Forças Armadas ariam a ter especial influência sobre o Poder Executivo.

c) da chamada Revolução de 30, sob a liderança de Getúlio Vargas, que decidiu pela criação da Coluna a fim de ocupar a capital do país e enfrentar a cúpula do Exército e os movimentos conservadores, como os integralistas, que apoiavam a chamada política do café com leite. 

d) da influência das ideias marxistas entre os jovens militares brasileiros que, insatisfeitos com o governo autoritário de Arthur Bernardes, se reuniram, nos anos 1920, sob a liderança do comunista Luís Carlos Prestes e formaram uma coluna com aspirações revolucionárias. 

e) de crescimento da oposição popular e da imprensa ao governo, dadas as evidências de práticas antidemocráticas, como o voto de cabresto e a concessão de privilégios econômicos às oligarquias cafeeiras, fatores que resultaram em uma ampla frente popular armada, composta majoritariamente por camponeses, que contou com a preparação militar dos tenentes.

Resposta: A. A Coluna Prestes significou o mais bem-sucedido movimento tenentista após a união de forças dos combatentes do Rio Grande do Sul e São Paulo, principalmente. Além de objetivar o término do modelo oligárquico de governo, reivindicava reformas sociopolíticas, como o voto secreto  e o ensino primário obrigatório.

Fontes

ARQUIVO NACIONAL. Fundo Luiz Carlos Prestes (LC): Instrumento provisório dos documentos textuais e iconográficos. Rio de Janeiro: O arquivo, 2012.

CARVALHO, Maria M. Mulheres na marcha da Coluna Prestes: histórias que não nos contaram. OPSIS. Catalão: UFCAT, v.15, n.2, p.356-369, 2015.

FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.

MAYER, Jorge M. Costa, Miguel (verbete). DOC. Disponível em <https://doc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/COSTA,%20Miguel.pdf>.

MATOS, Júlia. A inversão da imagem da Coluna Prestes na imprensa: de revoltosos para heróis. Integração. Porto Alegre: EDIPUCRS, v.1, p.169-178, 2004.

NETO, Lira. Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930). São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

PRESTES, Anita L. A Coluna Prestes. São Paulo: Boitempo, 2024.

Imagem com explicação sobre o que é a Coluna Prestes.
A Coluna Prestes não teve seus objetivos atendidos, mas influenciou profundamente o cenário político brasileiro da época.
Crédito da Imagem: Brasil Escola
Escritor do artigo
Escrito por: Cassio Remus de Paula Cássio é doutor em História pela UFPR, mestre e bacharel em História pela UEPG. Atua como professor de História, Filosofia e Sociologia.
Deseja fazer uma citação?
PAULA, Cassio Remus de. "O que foi a Coluna Prestes?"; Brasil Escola. Disponível em: /o-que-e/historia/o-que-foi-a-coluna-prestes.htm. o em 28 de maio de 2025.
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