O médium, de 98 anos, que sofria de câncer de bexiga desde novembro de 2024, morreu na noite de 13 de maio.
Em 14/05/2025 07h49
, atualizado em 14/05/2025 10h29
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Morreu o líder espírita Divaldo Franco, na noite desta terça-feira, 13. O médium foi diagnosticado comcâncer de bexiga em novembro de 2024, segundo informações divulgadas na época, o câncer foi descoberto ainda em fase inicial.
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O líder espiritual, que celebrou o aniversário de 98 anos no início do mês, em 05 de maio, morreu por falência múltipla dos órgãos, a informação foi divulgada pela assessoria do Centro Espírita Mansão do Caminho. O centro foi fundado por Divaldo em 1952.
O velório será realizado no Ginásio da Mansão do Caminho, das 9h às 20h, desta quarta-feira, 14. Já o sepultamento acontece no dia 15 de maio, às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador (BA).
Em abril deste ano, havia saído a notícia que o quadro de saúde de Divaldo era considerado delicado, mesmo depois do câncer de bexiga ter entrado em remissão. O médium recebia acompanhamento multidisciplinar em casa e estava afastado das atividades do centro espírita.
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A vida e mediunidade de Divaldo Franco
Divaldo franco foi o último dos 12 filhos de seus pais a nascer, em Feira de Santana, na Bahia, no dia 05 de maio de 1927. Filho de Francisco Pereira Franco e Anna Alves Franco, sua mãe descobriu a gravidez aos 44 anos, na época, considerada de risco pela idade.
Ainda na infância, Divaldo demonstrava forte mediunidade, que não era bem-aceita nem por seu pai nem pelos irmãos mais velhos. Aos quatro anos, ele a à mãe a mensagem da bisavó, que havia morrido antes mesmo de Anna nascer.
Espantada com esse caso, Anna manda Divaldo para morar com sua irmã, Edwiges. Na presença da tia, o menino também tem visões da avó que surpreende e emociona a tia com a descrição perfeita, mesmo com vocabulário infantil.
O caminho de Divaldo Franco com a dimensão espiritual não foi tranquilo, visto que ele tinha visões perturbadoras e sofria discriminação por isso. Aos sete anos, ou a ser perseguido por um espírito obsessor, que por muitos anos tentou atrapalhar sua vida. O caso com o espírito, que Divaldo chamava de “Máscara-de-ferro”, só veio se resolver quando o médium já era adulto e acolheu uma criança abandonada em uma lata de lixo.
Outro acontecimento marcante na vida de Divaldo foia a morte da irmã, Nair, com quem se dava muito bem. Nair descobriu que estava sendo traída pelo marido e tirou sua própria vida, quando Divaldo tinha apenas 12 anos. O líder espírita ou anos recebendo visitas do espírito da irmã arrependida do ato, até que ela reencarnou em uma garotinha, que anos mais tarde foi acolhida na Mansão do Caminho.
Foi por meio de outra morte familiar traumática que Divaldo deu seus primeiros os na Doutrina Espírita. Quando seu irmão morreu de aneurisma e se prendeu a ele, por estar perturbado com a morte repentina, a família do líder recorreu à médium Ana Ribeiro Borges, conhecida como Dona Naná.
Divaldo Franco atuou no ampáro de famílias da periferia de Salvador.
Crédito: Divulgação/Centro Espírita Mansão do Caminho.
Caminho de Divaldo Franco na Doutrina Espírita
Foi por intermédio de Dona Naná que Divaldo Franco buscou contato com uma instituição kardequiana, o Centro Espírita Jesus de Nazaré. Anos mais tarde, em 1945, também por influência de Dona Naná, Divaldo mudou-se para Salvador, onde começou uma nova etapa de sua vida.
Dois anos depois, Divaldo, junto com Nilson de Souza Pereira, conhecido como Tio Nilson, e outros coidealistas, fundaram o Centro Espírita Caminho da Redenção. Foi, também, com Tio Nilson que Divaldo fundou o Centro Espírita Mansão do Caminho, em 1952, em Salvador.
Com a Mansão do Caminho, Divaldo, formado como professor primário pela Escola Normal Rural de Feira de Santana, amparou diversas famílias da periferia de Salvador, contribuindo com o desenvolvimento intelectual, moral e espiritual de seus membros. O líder é reconhecido como um dos maiores espíritas e oradores da Doutrina Espírita da atualidade.
Publicou mais de 250 livros como médium, traduzidos para 17 idiomas e mais de 20 milhões de exemplares vendidos.