Alienação parental é a manipulação psicológica de crianças ou de adolescentes geralmente realizada por um genitor para afastá-los emocionalmente do outro genitor. 26g22
A alienação parental é um fenômeno delicado que geralmente ocorre quando um dos genitores, de maneira consciente ou inconsciente, utiliza estratégias psicológicas para afastar emocionalmente a criança ou o adolescente do outro genitor. Esse processo envolve desqualificação, criação de falsas memórias e dificuldade no contato entre a criança e o genitor alienado. 374p12
A Lei da Alienação Parental (lei nº 12.318/2010) no Brasil define, proíbe e estabelece medidas para prevenir essa prática prejudicial. A legislação considera como alienação parental qualquer interferência que prejudique os vínculos entre a criança e o genitor, incluindo desqualificação e criação de falsas memórias. No entanto, expressar preocupações legítimas, estabelecer limites e promover valores não configura alienação parental, desde que não envolva desqualificação do outro genitor.
As consequências da alienação parental são significativas e abrangem problemas emocionais, dificuldades nos relacionamentos, desenvolvimento de falsas memórias, problemas de comportamento e impacto nas relações familiares. A legislação visa não apenas definir o fenômeno como também prevenir e combater suas consequências, estabelecendo medidas legais para reverter a alienação e preservar o bem-estar da criança.
A alienação parental é a manipulação psicológica de crianças ou de adolescentes geralmente realizada por um dos genitores, visando afastá-las emocionalmente do outro genitor.
A identificação da alienação parental envolve observar sinais como desqualificação do genitor alienado, criação de falsas memórias, resistência da criança ou do adolescente em ar tempo com o genitor alienado e alegações infundadas de abuso.
A lei nº 12.318/2010, conhecida como Lei da Alienação Parental, define, proíbe e estabelece medidas para prevenir a alienação parental. Ela abrange desde a definição do fenômeno até as consequências jurídicas para quem pratica tal comportamento.
Considera-se alienação parental qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente para repudiar o genitor ou prejudicar os vínculos com ele.
Estabelecer limites e regras, expressar preocupações legítimas, proteger a criança de situações prejudiciais e promover valores e crenças não são considerados alienação parental, desde que não envolvam desqualificação do outro genitor.
As consequências da alienação parental são amplas, incluindo problemas emocionais, dificuldades nos relacionamentos, desenvolvimento de falsas memórias, problemas de comportamento e impacto nas relações familiares.
O que é alienação parental? 2ut10
A alienação parental é a manipulação psicológica de uma criança ou de um adolescente geralmente realizada por um dos genitores, com o intuito de afastá-la emocionalmente do outro genitor. Esse processo pode ocorrer em contextos de divórcio ou separação, quando as relações entre os pais se tornam tensas. O genitor alienador, muitas vezes, utiliza estratégias que envolvem difamação, desqualificação e criação de falsas memórias em relação ao outro genitor. A ideia subjacente é fazer com que a criança veja o genitor alienado de forma negativa, minando o vínculo afetivo entre eles.
A alienação parental ocorre quando um dos genitores coloca a criança ou o adolescente contra o outro genitor.
Como identificar a alienação parental? 366252
Identificar a alienação parental pode ser desafiador, pois muitas vezes os sinais são sutis e podem ser confundidos com reações normais à separação dos pais. No entanto, alguns comportamentos característicos podem indicar a ocorrência desse fenômeno, os quais incluem:
Desqualificação do genitor alienado: o genitor alienador frequentemente desqualifica o outro genitor, diminuindo sua importância na vida da criança ou do adolescente.
Criação de falsas memórias: o genitor alienador pode inventar ou distorcer eventos ados para fazer o genitor alienado parecer ruim aos olhos da criança ou do adolescente.
Dificuldade na expressão de afeto pelo genitor alienado: a criança ou o adolescente pode sentir-se desconfortável ou resistente em expressar afeto pelo genitor alienado.
Recusa em ar tempo com o genitor alienado: a criança ou o adolescente pode resistir ou se recusar a ar tempo com o genitor alienado, sem uma razão clara.
Alegações infundadas de abuso: o genitor alienador pode fazer alegações falsas de abuso por parte do genitor alienado, minando ainda mais a relação.
Lei da Alienação Parental 5p1i2b
Para lidar com o problema da alienação parental, muitos países têm adotado leis específicas para abordar esse comportamento prejudicial. No Brasil, a Lei da Alienação Parental (lei nº 12.318/2010) define e proíbe essa prática. A legislação estabelece medidas para prevenir a alienação parental, bem como penalidades para aqueles que a praticam. Além disso, a lei prevê a possibilidade de reversão do processo de alienação, com o intuito de restabelecer o vínculo entre a criança e o genitor alienado. Veja, a seguir, alguns dos artigos dessa lei:
Artigo 2º - Definição de Alienação Parental: define a alienação parental como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie o genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com ele.
Artigo 3º - Formas de Alienação Parental: descreve algumas formas de alienação parental, indicando que ela pode manifestar-se de diversas maneiras, como fazer campanha de desqualificação contra o genitor no exercício da paternidade ou maternidade, dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar, apresentar falsa denúncia contra genitor, avós ou pessoas próximas, entre outras práticas.
Artigo 6º - Medidas para Prevenção e Combate: destaca medidas que podem ser adotadas para prevenir ou atenuar a alienação parental. Entre elas, está a possibilidade de o juiz estabelecer, sempre que possível, a guarda compartilhada, a imposição de multas, a alteração na fixação do domicílio da criança ou do adolescente, entre outras providências.
Artigo 6º-A - Reversão da Alienação Parental: trata da reversão da alienação parental, estabelecendo que, comprovada a alienação parental, o juiz poderá inverter a guarda, a fim de preservar o vínculo da criança ou do adolescente com o genitor alienado. Esse artigo destaca a importância de buscar a restauração do relacionamento entre a criança ou do adolescente e o genitor prejudicado.
Artigo 7º - Consequências Jurídicas da Alienação Parental: aborda as consequências jurídicas para quem pratica a alienação parental. Entre elas, estão a possibilidade de advertência, multa, ampliação do regime de convivência familiar em favor do genitor prejudicado, alteração na guarda, entre outras medidas que visam coibir e punir o comportamento alienador.
Artigo 8º - Informação ao Juiz: destaca a importância da atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário para coibir casos de alienação parental. Ele ressalta que o Ministério Público deve intervir sempre que houver indícios da prática de alienação parental, promovendo as ações necessárias para a defesa dos interesses da criança ou do adolescente.
→ Alienação parental no Código Civil Brasileiro 3a3r6i
O Código Civil Brasileiro aborda, em alguns dos seus artigos, a questão da alienação parental de maneira mais ampla, tratando dos deveres dos pais em relação aos filhos e das consequências legais para aqueles cujos atos visem prejudicar o convívio da criança ou do adolescente com o genitor não guardião. Dentro do Código Civil Brasileiro, podemos destacar alguns pontos relacionados à alienação parental:
Artigos 1.583 e 1.584 - Guarda Compartilhada: tratam da guarda dos filhos em caso de separação ou divórcio dos pais. Estabelecem a preferência pela guarda compartilhada, que visa assegurar o convívio equilibrado da criança ou do adolescente com ambos os genitores, salvo quando um dos pais não desejar a guarda compartilhada ou em casos específicos em que seja comprovado que tal modalidade é prejudicial ao filho.
Artigo 1.634 - Deveres e Responsabilidades dos Pais: enumera os deveres dos pais em relação aos filhos, incluindo o dever de criar e educar, sustentar, e decidir sobre questões importantes. Essa enumeração ressalta a importância do convívio saudável e equilibrado da criança e do adolescente com ambos os pais.
Artigo 1.635 - Perda ou Suspensão do Poder Familiar: trata das hipóteses em que o poder familiar pode ser suspenso ou perdido. Embora não mencione diretamente a alienação parental, a prática constante e grave desse fenômeno poderia ser interpretada como uma forma de descumprimento dos deveres inerentes ao poder familiar, o que poderia ensejar a perda ou suspensão desse poder.
Importante: Apesar de o Código Civil Brasileiro abordar alguns aspectos relacionados à convivência familiar e deveres dos pais, a Lei da Alienação Parental (Lei Nº 12.318/2010) é mais específica e direcionada para lidar com a problemática da alienação parental, complementando as disposições mais gerais do Código Civil sobre guarda e poder familiar.
O que é considerado alienação parental? 3z304r
Ambos os genitores podem ser a causa da alienação parental.
A Lei da Alienação Parental (lei nº 12.318/2010) classifica diversos comportamentos como alienação parental. Alguns exemplos incluem:
Dificultar o contato entre a criança ou o adolescente e o genitor alienado: qualquer ação que dificulte ou impeça o contato entre a criança ou o adolescente e o genitor alienado é considerada alienação parental.
Desqualificação do genitor alienado: fazer comentários negativos, desqualificando a figura do outro genitor, é uma prática proibida pela lei.
Criar falsas memórias: inventar histórias ou distorcer eventos ados para prejudicar a imagem do genitor alienado configura alienação parental.
Fazer a criança acreditar que o genitor alienado não a ama: qualquer tentativa de fazer a criança acreditar que o genitor alienado não a ama é considerada alienação parental.
Fazer a criança acreditar que o genitor alienado é perigoso: alegações infundadas de perigo ou abuso por parte do genitor alienado são consideradas alienação parental.
O que não é considerado alienação parental? 26231d
É importante distinguir comportamentos que podem surgir em contextos de separação, mas que não se configuram como alienação parental. Alguns exemplos incluem:
Estabelecer limites e regras: a imposição de limites e regras pelo genitor não configura alienação parental, desde que seja feito de maneira saudável e respeitosa.
Expressar preocupações genuínas: se o genitor expressa preocupações legítimas sobre a segurança e o bem-estar da criança ou do adolescente, isso não é automaticamente considerado alienação parental.
Proteger a criança ou o adolescente de situações prejudiciais: agir para proteger a criança ou o adolescente de situações prejudiciais não configura alienação parental, desde que as ações sejam proporcionais e necessárias.
Promover valores e crenças: compartilhar valores e crenças com a criança ou o adolescente não é alienação parental, a menos que isso envolva desqualificação do outro genitor.
Expressar sentimentos legítimos de mágoa: expressar sentimentos legítimos de mágoa em relação ao relacionamento ado não é automaticamente considerado alienação parental, a menos que afete negativamente a criança ou o adolescente.
A alienação parental provoca traumas psicológicos nas crianças e nos adolescentes.
As consequências da alienação parental são amplamente prejudiciais, afetando não apenas o genitor alienado como também, e principalmente, a criança ou o adolescente. Algumas das consequências incluem:
Problemas emocionais: crianças ou adolescentes envolvidos em alienação parental podem desenvolver problemas emocionais, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Dificuldades nos relacionamentos: o fenômeno pode prejudicar a capacidade da criança ou do adolescente de formar e manter relacionamentos saudáveis, pois ela pode desenvolver desconfiança e dificuldade em confiar nos outros.
Desenvolvimento de falsas memórias: a criança ou o adolescente pode internalizar as falsas memórias criadas pelo genitor alienador, o que pode afetar sua percepção da realidade e causar confusão emocional.
Problemas de comportamento: a alienação parental pode levar a problemas de comportamento, como agressividade, rebeldia e dificuldades escolares.
Impacto nas relações familiares: o fenômeno pode estender seus efeitos para além da relação entre o genitor alienado e a criança ou o adolescente, afetando também as relações familiares mais amplas.
Fontes
BRASIL. Código Civil Brasileiro. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70327/C%C3%B3digo%20Civil%202%20ed.pdf.
BRASIL. Lei Nº 12.318, de agosto de 2010. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm.
MADALENO, Rolf; MADALENO, Ana Carolina. Alienação Parental - Importância da Detecção Aspectos Legais e Processuais. São Paulo: Forense, 2021.
NASCIMENTO, Laura Eliza. Alienação Parental e a Responsabilidade Civil por Violação aos Direitos de Personalidade. São Paulo: Lumen Juris, 2020.
Fonte: Brasil Escola - /sociologia/alienacao-parental.htm