Marina Colasanti é uma escritora brasileira. Ela nasceu em 26 de setembro de 1937, na cidade de Asmara, na Eritreia. Mais tarde, se mudou para o Brasil, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes, escreveu textos para alguns periódicos e trabalhou como entrevistadora e apresentadora de programas televisivos. 5z1x2p
A autora escreveu contos, ensaios, poemas e crônicas, além de escrever livros de sucesso para o público infantojuvenil. Suas obras são caracterizadas pela presença de protagonistas femininas, realismo fantástico, crítica social e elementos referentes aos contos de fadas. Com uma carreira literária bem-sucedida, Colasanti já recebeu vários prêmios literários. Ela faleceu em 28 de janeiro de 2025.
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Marina Colasanti é uma importante autora brasileira.
Ela nasceu no ano de 1937 e faleceu no ano de 2025, aos 87 anos.
Além de escritora, também foi apresentadora e entrevistadora de programas de tevê.
Suas obras fazem parte da literatura brasileira contemporânea.
Seus textos apresentam protagonismo feminino e elementos fantásticos.
Ela é autora de contos, crônicas, ensaios, poesia e obras infantojuvenis.
Marina Colasanti nasceu em 26 de setembro de 1937, em Asmara, na Eritreia. Três anos depois, ela e a família se mudaram para a Itália. Ali presenciaram os últimos anos da Segunda Guerra Mundial. Mas, em 1948, eles decidiram morar no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, a escritora possui dupla nacionalidade: brasileira e italiana.
De 1952 a 1956, estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Começou a trabalhar no Jornal do Brasil, em 1962. Ali, foi redatora, cronista, ilustradora, além de ser editora do Caderno Infantil. Em 1968, publicou seu primeiro livro, Eu sozinha. Já em 1971, se casou com o também escritor Affonso Romano de Sant’Anna.
No ano de 1974, apresentou o noticiário Primeira Mão, da Tevê Rio. Dois anos depois, apresentou o programa Os Mágicos, da Tevê Educativa, e também se tornou editora da revista Nova. Em 1986, foi cronista da revista Manchete. Entre 1985 e 1988, foi apresentadora do programa Sábado Forte, da TVE.
No início dos anos 1990, foi entrevistadora dos programas Sexo Indiscreto, da Tevê Rio, Olho por Olho, da Tevê Tupi, e Imagens da Itália, da TVE. De lá para cá, publicou diversas obras, recebeu muitos prêmios e participou de vários eventos literários no Brasil e no exterior.
Marina Colasanti faleceu na manhã de 28 de janeiro de 2025, aos 87 anos, em decorrência de uma pneumonia.
FNLIJ (1979)
APCA (1979)
FNLIJ (1982)
FNLIJ (1988)
FNLIJ (1989)
FNLIJ (1990)
FNLIJ (1991)
FNLIJ (1993)
Jabuti (1993)
Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños (1994) — Costa Rica
Jabuti (1994)
FNLIJ (1994)
Norma-Fundalectura (1996) — Colômbia
Jabuti (1997)
FNLIJ (1998)
Mejores del Año (1998) — Venezuela
Orígenes Lessa (2001)
Monteiro Lobato (2002)
Orígenes Lessa (2003)
IBBY Honour List (2004) — Suíça
FNLIJ (2004)
Ordine della Stella della Solidarietà Italiana (2005) — Itália
Odylo Costa Filho (2008)
Alphonsus de Guimarães (2009)
Mejores del Año (2010) — Venezuela
Orígenes Lessa (2010)
Jabuti (2010)
Jabuti (2011)
FNLIJ (2013)
Ofélia Fontes (2014)
Jabuti (2014)
Orígenes Lessa (2015)
Monteiro Lobato (2015)
IBBY Honour List (2015) — Suíça
Fundación Cuatrogatos (2016) — Estados Unidos
Prêmio Iberoamericano SM (2017)
Selo Cátedra (2017)
Marina Colasanti é uma autora da literatura contemporânea brasileira. Escreveu crônicas, contos, poesia e literatura infantojuvenil. De forma geral, suas obras apresentam as seguintes características:
intertextualidade;
caráter mitológico;
protagonismo feminino;
questões do universo feminino;
fatos do cotidiano;
crítica social e de costumes;
lirismo;
elementos do conto de fadas;
realismo fantástico;
frases curtas;
crítica ao individualismo.
Eu sozinha (1968) — crônicas
A morada do ser (1978) — contos
Uma ideia toda azul (1979) — contos
Doze reis e a moça no labirinto do vento (1982) — contos
E por falar em amor (1985) — ensaios
Ofélia, a ovelha (1989) — infantil
Intimidade pública (1990) — ensaios
Rota de colisão (1993) — poesia
Ana Z, aonde vai você? (1994) — infantojuvenil
O lobo e o carneiro no sonho da menina (1994) — infantil
Eu sei, mas não devia (1995) — crônicas
Longe como o meu querer (1997) — contos
O leopardo é um animal delicado (1998) — contos
Gargantas abertas (1998) — poesia
Um espinho de marfim e outras histórias (1999) — contos
A casa das palavras (2000) — crônicas
Esse amor de todos nós (2000) — crônicas
Penélope manda lembranças (2001) — contos
Um amor sem palavras (2001) — infantil
A amizade abana o rabo (2002) — infantil
A moça tecelã (2004) — contos
Fragatas para terras distantes (2004) — ensaios
23 histórias de um viajante (2005) — contos
Uma estrada junto ao rio (2005) — infantil
Fino sangue (2005) — poesia
Os últimos lírios no estojo de seda (2006) — crônicas
Minha ilha maravilha (2007) — infantil
Minha tia me contou (2007) — infantil
Poesia em 4 tempos (2008) — infantojuvenil
Com certeza tenho amor (2009) — contos
Do seu coração partido (2009) — contos
Entre a espada e a rosa (2009) — contos
Cada bicho seu capricho (2009) — infantil
ageira em trânsito (2009) — poesia
Minha guerra alheia (2010) — autobiografia
Contos de amor rasgados (2010) — contos
Antes de virar gigante (2010) — infantil
Classificados e nem tanto (2010) — infantil
Como se fizesse um cavalo (2012) — ensaios
O nome da manhã (2012) — infantil
Breve história de um pequeno amor (2013) — infantil
Hora de alimentar serpentes (2013) — contos
Como uma carta de amor (2014) — contos
Mais de 100 histórias maravilhosas (2015) — contos
Quando a primavera chegar (2017) — contos
Um amigo para sempre (2017) — infantil
Mais classificados e nem tanto (2019) — infantil
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No poema “Lá fora, a noite”, do livro Rota de colisão |1|, o eu lírico (a voz que enuncia o poema) sugere que a mulher só consegue ser plena no silêncio e na solidão da noite. Afinal, é quando “a família dorme” que ela pode se entregar ao silêncio, já que “ninguém lhe exige/ ninguém lhe pede/ nada”:
É quando a família dorme
— inertes as mãos nas dobras dos lençóis
pesados os corpos sob a viva mortalha —
que a mulher se exerce.
Na casa quieta
onde ninguém lhe cobra
ninguém lhe exige
ninguém lhe pede
nada
caminha enfim rainha
nos cômodos vazios
demora-se no escuro.
E descalços os pés
aberta a blusa
pode entregar-se
plácida
ao silêncio.
Já no poema “Frutos e flores”, também do livro Rota de colisão, o eu lírico é uma mulher, comparada, pelo amado, a uma maçã. Assim, as características dessa maçã estão relacionadas a essa mulher. Os dois versos finais sugerem a penetração sexual. Porém, o pênis do “amado” é comparado a uma faca, o que pode sugerir frieza e dor:
Meu amado me diz
que sou como maçã
cortada ao meio.
As sementes eu tenho
é bem verdade.
E a simetria das curvas.
Tive um certo rubor
na pele lisa
que não sei
se ainda tenho.
Mas se em abril floresce
a macieira
eu maçã feita
e pra lá de madura
ainda me desdobro
em brancas flores
cada vez que sua faca
me trasa.
A seguir, vamos ler algumas frases de Marina Colasanti, retiradas de suas crônicas “Falar de amor”, “Não há como medir o amor”, “Que beijo mais lindo!” e “O mundo escuro”:
“Sem amor também não se vive.”
“Não existe metro nem fita métrica para medir a felicidade.”
“O amor é inconsútil, não tem medida.”
“A diversidade dos desejos não pode ser ignorada.”
“Assim a vida vai, entre os revolucionários que gostam de mudanças, e os conservadores que não gostam delas.”
“Estamos chegando demasiado perto da beira do precipício.”
Notas
|1| COLASANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
Crédito de imagem
[1] Grupo Editorial Global (reprodução)
Fonte: Brasil Escola - /literatura/marina-colasanti.htm