Com o fim da Era Napoleônica, na década de 1820, o continente europeu ou a viver uma onda de revoltas populares com forte teor nacionalista. O ano de 1848 foi emblemático dentro dessa esteira de acontecimentos. Nas décadas que se seguiram, tiveram início os processos de formação dos Estados Nacionalistas, processo esse que envolveu a modernização de várias regiões da Europa, bem com uma série de guerras. Foi nesse contexto que apareceu a figura de grandes estadistas, como Otto von Bismarck, um dos principais personagens da Unificação Alemã.
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Bismarck nasceu em Schönhäusen, no Reino da Prússia, em 1815. Em sua formação política, as posições conservadoras, inclinadas à formação de uma monarquia forte e expansionista, tiveram grande peso. Desde antes de ser nomeado como Primeiro-ministro, em 1862, sua atuação como parlamentar já assinalava uma forte pressão contra as perspectivas dos políticos liberais prussianos.
A nomeação de Bismarck como Primeiro-ministro da Prússia, pelo rei Guilherme I, ocorreu no dia 22 de setembro de 1862. A partir de então, seu programa de medidas político-econômicas concentrou-se em duas vias principais: 1) a modernização da infraestrutura do Estado Prussiano e 2) a modernização e sofisticação da máquina de guerra, isto é, da indústria bélica. Com essas ações, os objetivos principais de Bismarck eram integrar todas as regiões de seu país para prepará-lo para ser o centro de um futuro império e fazer frente militar a outra potências que também se tornavam proeminentes à época, como o Império Austríaco, a França e a Rússia.
A integração territorial foi promovida por meio da construção de estradas de ferro, que tinham a função de escoar matérias-primas (como o ferro) e produtos diversos de uma região para outra. O exército prussiano recebeu grandes investimentos para desenvolver novas armas e melhorar os demais equipamentos utilizados pela infantaria. A Prússia estava preparada para levar a cabo a sua estratégia de pressionar o Império Austríaco e os demais Estados menores de cultura germânica a cederem à unificação.
A primeira estratégia foi empregada em 1863, quando Frederico VII, da Dinamarca, morreu e houve um ime sobre a sucessão dos ducados de Schleswig-Holstein. Esses ducados ficavam nos domínios germânicos e Bismarck pressionou a Áustria para que entrasse, com a Prússia, em guerra contra a Dinamarca. Em 1865, os ducados foram anexados à Prússia, começando assim o processo de expansão. Mais tarde, a própria Áustria ou a ser o alvo dos prussianos, em razão das várias discordâncias a respeito do projeto de unificação. Em 1866, na Batalha de Sadowa, a Prússia venceu as forças austríacas e anexou muitos de seus territórios, formando a chamada Confederação da Alemanha, um protótipo do que seria o II Reich.
Em 1870, o poderoso exército prussiano, aliado aos Estados alemães já anexados, enfrentou um de seus inimigos mais poderosos, o Império Francês, comandado por Napoleão III. Tinha início assim a Guerra Franco-Pussiana, da qual os ses sofreram um derrota esmagadora. Um dos resultados dessa guerra foi a anexação da região da Alsácia-Lorena, que pertenceria à Alemanha até o fim da Primeira Guerra Mundial. Outro resultado importante foi a aclamação de Guilherme I como imperador da Alemanha no Palácio de Versalhes, na França.
Com a ascensão do Império Alemão, Bismarck foi alçado ao posto de chanceler, o que lhe deu poderes ainda mais notórios, com os quais ele fortaleceu ainda mais o Estado Nacional Alemão, ando a ser conhecido como Chanceler de Ferro.
Por Me. Cláudio Fernandes